(Ex 20, 17)
O décimo mandamento se refere e proíbe a cobiça dos bens dos outros, raiz do roubo, da rapina e da fraude, que o sétimo mandamento proíbe.
Quando desejamos obter as coisas dos outros, mas de modo justo, não violamos este mandamento. Aqui temos as características das pessoas que mais devem lutar contra as suas concuspiscências:
A inveja é um vício capital (grave). Designa a tristeza sentida diante do bem do outro e do desejo desmedido de sua apropriação. Ao desejar um mal grande ao outro, cometemos um pecado mortal. Santo Agostinho via na inveja "o pecado diabólico por excelência". Dela nascem o ódio, maledicência, calúnia, alegria causa com a desgraça do outro e o desprazer causado pela sua prosperidade. A Inveja é contrária a caridade. O Batizado deve lutar contra ela mediante a benevolência.
"Os desejos do espírito"
É na Lei e na graça que somos instruídos pelo Espírito Santo ao Sumo-Bem; é nele que saciamos o nosso coração. O Deus das promessas sempre nos advertiu contra aquilo que, desde sempre, parece como "bom ao apetite, agradável aos olhos, desejável para adquirir ciência" (Gn 3, 6).
"A pobreza de coração"
Ser "pobre em espírito" é dedicar-se totalmente a uma humildade voluntária de espírito e sua renúncia. Infelizmente o orgulhoso procura o poder terreno, ao passo que o pobre em espírito busca o Reino dos Céus. O abandono nas mãos da providência do Pai do Céu, nos liberta da preocupação do amanhã. A confiança em Deus pré dispõe para a bem aventurança dos pobres. Eles verão a Deus.
"Querer ver a Deus"
O desejo da felicidade verdadeira liberta o homem do apego desmedido aos bens terrenos, que se realizará na visão e na bem-aventurança de Deus. A promessa de ver a Deus ultrapassa todas as bem- aventuranças, na Escritura ver é possuir. Aquele que vê Deus obteve todos os bens que se pode imaginar.
Para possuir e contemplar a Deus, os fiéis de Jesus Cristo devem mortificar (dar morte) a sua concuspicência e superar, com a graça de Deus, as seduções do gozo e do poder.
Ricardo teixeira
Vocacionado-Diocese de Guarulhos
(Ex 20,17)
Há três formas de cobiça ou concuspiscências: a cobiça da carne, a cobiça dos olhos e a soberba da vida. Conforme a tradição católica catequética; o nono mandamento proíbe a cobiça da carne e o décimo proíbe a cobiça dos bens alheios.
I - "A purificação do coração"
É no coração onde residem as más intenções como o adultério, roubos, prostituições, difamações, etc (Mt 15,19).
A luta contra a cobiça da carne passa pela purificação do coração e pela prática da temperança.
Lembremos da sexta Bem-aventurança: "Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus" (Mt 5,8).
Ser "puro de coração" significa entregar o coração e a inteligência às exigências da santidade de Deus, especialmente nos campos da caridade, na castidade ou retidão sexual, do amor à verdade da tradição da fé.
II - "A luta pela pureza"
O Batismo nos concede a graça da purificação dos pecados, mas ainda temos que continuar a lutar contra a cobiça da carne e as cobiças desordenadas. Com a graça de Deus, alcançaremos a pureza de coração:
- Pela virtude e o Dom da castidade, que nos permite amar com um coração reto e indiviso;
- Pela pureza de intenção, que consiste em Ter em vista o fim verdadeiro do homem;
- Pela pureza do olhar, exterior e interior;
- Pela disciplina dos sentimentos e da imaginação;
- Pela recusa de toda a cobiça dos pensamentos impuros, "A vista desperta a paixão dos insensatos" (Sb 15, 5);
- Pela oração
A pureza de coração exige o pudor e paciência, modéstia e discrição. Ele preserva a intimidade da pessoa. Orienta os olhares e gestos das pessoas. Inspira o modo de vestir.
A pureza de coração nos liberta do erotismo tão difundido. E nos afasta dos espetáculos que favorecem o voyeurismo (observação) e ilusão.
Ricardo Teixeira
Vocacionado-Diocese de Guarulhos
Segue abaixo nosso video de retrospecetiva:
Equipe Idepelomundo.
Nilton de Carvalho
Nilton de Carvalho
Video sugerido pelo Seminarista Rodrigo Lovatel
Nilton de Carvalho
Video sugerido pelo Seminarista Rodrigo Lovatel
Nilton de Carvalho
A vida dos sacerdotes sempre foi exigente. E nem poderia ser diferente, já que são chamados a continuar a missão de Cristo, o Bom Pastor. Em nossos tempos, porém, os desafios se multiplicam e exigem respostas sábias, decisões imediatas e constantes posicionamentos sobre os mais diversos temas. Portanto, quanto mais santo e sábio for o presbítero, mais e melhor servirá a Igreja. Além disso, como a vocação sacerdotal é um dom de Deus não só para aquele que é seu primeiro destinatário, mas para a Igreja inteira, um bem para sua vida e missão, toda a Igreja é chamada a proteger esse dom, a estimá-lo e a amá-lo. Dito isso com palavras do saudoso Papa João Paulo II: “Todos os membros da Igreja, sem exceção, têm a graça e a responsabilidade do cuidado pelas vocações” (PDV, 41). Essa responsabilidade sempre foi cultivada na Igreja. Prova disso é, entre outras coisas, o apelo constante para que todos rezem não só pelo aumento das vocações, mas também para a santificação daqueles que já são padres. Sempre houve na Igreja grupos, comunidades e associações com o propósito principal de rezar pelos sacerdotes.
É nessa linha que se entende a sugestão que agora apresento: adote um padre! Dentre os sacerdotes que você conhece ou que atuam na Igreja, escolha um deles, e passe a rezar diariamente por sua santificação. Ofereça sacrifícios para que ele exerça bem seu ministério. Se for o caso, ofereça por ele até sua vida. De preferência, nunca lhe fale sobre isso, nem faça comentários a esse respeito com outras pessoas. Os detalhes dessa “adoção” sejam conhecidos somente por você e pelo Bom Pastor. Guarde esse segredo cuidadosamente em seu coração, mas seja fiel a ele, dia por dia.
Fazendo isso, você estará respondendo a um apelo da Igreja, que constantemente nos recorda: “Todo o Povo de Deus deve incansavelmente rezar e trabalhar pelas vocações sacerdotais” (PDV, 82). Sua resposta ao apelo de adotar um padre determinado terá uma particularidade: você não estará rezando somente pelo clero em geral, mas por um padre com um nome e um rosto, o que, certamente, motivará ainda mais suas orações, jejuns e sacrifícios. E, tenha certeza: com a santificação de seu “adotado”, todo o clero se santificará. Deus, então, será mais glorificado. E o Povo de Deus, mais e mais se enriquecerá.
Por: Revista Shalom Maná - Edições Shalom
Ricardo Teixeira
Vocacionado - Diocese de Guarulhos
Há alguns dias, no programa de televisão da Madre Angélica nos Estados Unidos (EWTN), relataram um episódio pouco conhecido da vida do Papa João Paulo II.
Um sacerdote norte americano da diocese de Nova York se dispunha a rezar em uma das paróquias de Roma quando, ao entrar, se encontrou com um mendigo. Depois de observá-lo durante um momento, o sacerdote se deu conta de que conhecia aquele homem. Era um companheiro do seminário, ordenado sacerdote no mesmo dia que ele. Agora mendigava pelas ruas.
O padre, depois de identificar-se e cumprimentá-lo, escutou dos lábios do mendigo como tinha perdido sua fé e sua vocação. Ficou profundamente estremecido. No dia seguinte o sacerdote vindo de Nova York tinha a oportunidade de assistir à Missa privada do Papa e poderia cumprimentá-lo no final da celebração, como é de costume. Ao chegar sua vez sentiu o impulso de ajoelhar-se frente ao Santo Padre e pedir que rezasse por seu antigo companheiro de seminário, e descreveu brevemente a situação ao Papa.
Um dia depois recebeu o convite do Vaticano para cear com o Papa, e que levasse consigo o mendigo da paróquia. O sacerdote voltou à paróquia e comentou a seu amigo o desejo do Papa. Uma vez convencido o mendigo, o levou a seu lugar de hospedagem, ofereceu-lhe roupa e a oportunidade de assear-se.
O Pontífice, depois da ceia, indicou ao sacerdote que os deixasse a sós, e pediu ao mendigo que escutasse sua confissão. O homem, impressionado, respondeu-lhe que já não era sacerdote, ao que o Papa respondeu: " uma vez sacerdote, sacerdote para sempre". "Mas estou fora de minhas faculdades de presbítero", insistiu o mendigo. "Eu sou o Bispo de Roma, posso me encarregar disso", disse o Papa.
O homem escutou a confissão do Santo Padre e pediu-lhe que por sua vez escutasse sua própria confissão. Depois dela chorou amargamente. Ao final João Paulo II lhe perguntou em que paróquia tinha estado mendigando, e o designou assistente do pároco da mesma, e encarregado da atenção aos mendigos.
Ricardo Teixeira
Vocacionado- Diocese de Guarulhos
"NÃO LEVANTARÁS FALSO TESTEMUNHO CONTRA TEU PRÓXIMO".
(Ex 20,16)
I - Viver na verdade:
Temos no Antigo Testamento que Deus é fonte de toda verdade. Sua Palavra é verdade. Sua Lei é verdade. "Sua fidelidade continua de geração em geração" (Sl 119,90). Foi em Jesus Cristo que a verdade se manifestou plenamente. "Cheio de graça e verdade", Ele é a "luz do mundo" (Jo 8,12), a Verdade. O verdadeiro discípulo de Jesus em sua "permanece em sua palavra" para conhecer a "verdade que liberta" (Jo 8,32) e santifica. Jesus nos ensinou o amor incondicional da verdade: "Seja o vosso 'sim, sim e o vosso 'não', não. (Mt 5,37).
Criado à imagem e semelhança de Deus, o homem exprime a verdade de sua relação com Ele através das manifestações artísticas. A arte é uma riqueza interior da humanidade dada gratuitamente por Deus em abundância. Ela une conhecimento e perícia, para dar forma à verdade de uma realidade acessível à vista e ao ouvido. A arte é parecida com a obra da criação, quando é inspirada na verdade e no amor das criaturas.
A arte sacra tem como função evocar e glorificar, na fé e na adoração, o mistério transcendente de Deus, beleza excelsa e invisível de verdade e amor, revelada em Cristo, "resplendor de Sua glória, expressão de seu Ser" (Hb 1,3), "em que habita toda a plenitude da divindade" (CL 2, 9).
Fonte do site catequisar
Ricardo Teixeira
Vocacionado-Diocese de Guarulhos
Precisamos de Santos sem véu ou batina.
Precisamos de Santos de calças jeans e tênis.
Precisamos de Santos que vão ao cinema,
ouvem música e passeiam com os amigos.
Precisamos de Santos que coloquem Deus em primeiro lugar,
mas que se "lascam" na faculdade.
Precisamos de Santos que tenham tempo todo dia para rezar
e que saibam namorar na pureza e castidade,
ou que consagrem sua castidade.
Precisamos de Santos modernos,
Santos do século XXI
com uma espiritualidade inserida em nosso tempo.
Precisamos de Santos comprometidos com os pobres
e as necessárias mudanças socias.
Precisamos de Santos que vivam no mundo
se santifiquem no mundo,
que não tenham medo de viver no mundo.
Precisamos de Santos que bebam Coca-Cola
e comam hot dog, que usem jeans,
que sejam internautas, que escutem dis man.
Precisamos de Santos que amem a Eucaristia
e que não tenham vergonha de tomar um refri
ou comer pizza no fim-de-semana com os amigos.
Precisamos de Santos que gostem de cinema,
de teatro, de música, de dança, de esporte.
Precisamos de Santos sociáveis,
abertos, normais, amigos, alegres,
companheiros.
" Precisamos de Santos que estejam no mundo;
e saibam saborear as coisas puras e boas do mundo
mas que não sejam mundanos"
"Amados jovens, não se contentem com nada menos que os mais altos ideais. Não vos deixeis desanimar por aqueles que desiludidos da vida, se tornam surdos aos anseios mais profundos do seu coração... "
“A VÓS, JOVENS, DIGO: SE SENTIRDES O CHAMADO DO SENHOR, NÃO O RECUSEIS! CULTIVAI OS ANSEIOS TÍPICOS DA VOSSA IDADE, MAS ADERI PRONTAMENTE AO PROJETO DE DEUS SOBRE VÓS"
Papa João Paulo II
Ricardo Teixeira
Vocacionado - Diocese de Guarulhos
(Ex 20,15)
Este mandamento nos proíbe de tomar ou lesar injustamente os bens do próximo, de qualquer modo. Diz respeito aos bens terrestres e aos frutos do trabalho dos homens. Exige em favor do bem comum, o respeito à destinação universal dos bens e ao direito da propriedade privada.
"O respeito às pessoas e aos seus bens"
Devemos Ter respeito à dignidade do ser humano e para isso devemos praticar a virtude da temperança, para não nos apegarmos aos bens deste mundo; a virtude da justiça, para preservar os direitos do próximo e a solidariedade.
"Justiça e solidariedade entre as nações"
Hoje observamos uma desigualdade social em todo o mundo. De um lado, estão aqueles que detêm grande poder econômico e, de outro, os que acumulam as dívidas. O correto seria que nações onde a solidariedade entre essas nações onde a questão social esta cada vez maior. Também temos que aceitar que os sistemas econômicos abusivos devem se abolidos totalmente.
"O amor aos pobres"
Podemos dizer que este é um dos pontos principais, depois do amor a Deus, em nosso estudo aos dez Mandamentos. Citemos algumas passagens que podem esclarecer, melhor do que muitas explicações, este ponto, importantíssimo:
“Da ao que pede e não voltes as costas aos que te pede emprestado” (Mt 5,42); “De graça recebestes, de graça dai” (Mt 10, 8); Jesus reconhecerá seus eleitos pelo que tiverem feito as pobres. O amor aos pobres é também um dos motivos de trabalharmos porque assim teremos o que partilhar com quem tem necessidade. Isso deve se estender também à pobreza cultural e religiosa.
O amor aos pobres é incompatível com o amor desmedido pelas riquezas e seu uso egoísta:
“Nunca deixará de haver pobres na terra; por isso que eu te ordeno: abre a mão em favor do teu irmão que é humilhado e pobre em tua Terra” (Dt 15,11). Jesus faz suas essas palavras: “Sempre tereis pobres convosco; mas a mim nem sempre tereis” (Jo 12, 8).
A mãe de Santa Rosa de Lima a repreendeu por manter pobres em sua casa. A resposta foi a seguinte: “Quando servimos aos pobres e doentes, servimos a Jesus. Não devemos cansar de ajudar o próximo, porque neles é a Jesus que servimos”.
Fonte: site catequisar
Ricardo Teixeira
Vocacionado-Diocese de Guarulhos
O que pode criar um monstro? O que leva um rapaz de 22 anos a estragar a
própria vida e a vida de outras duas jovens por… NADA? Será que é índole?
Talvez, a mídia? A influência da televisão? A situação social da violência?
Traumas? Raiva contida? Deficiência social ou mental? Permissividade da
sociedade? O que faz alguém achar que pode comprar armas de fogo, entrar na
casa de uma família, fazer reféns, assustar e desalojar vizinhos, ocupar a
polícia por mais de 100 horas e atirar em duas pessoas inocentes?
Não quero ser comparado como um desses psicólogos que infestam os programas vespertinos de TV, que explicam tudo de maneira simplista e falam
descontextualizadamente sobre a vida dos outros. Mas pensando nesse absurdo todo, pensei que o *não* da menina
Eloá foi o único. Faltaram muitos outros *nãos* nessa história toda.
Faltou um pai e uma mãe dizerem que a filha de 12 anos NÃO podia namorar um
rapaz de 19. Faltou uma outra mãe dizer que NÃO iria sucumbir ao medo e ir lá tirar o filho do tal apartamento a puxões de orelha.
Faltou outros pais dizerem que NÃO iriam atender ao pedido de um policial
maluco de deixar a filha voltar para o cativeiro de onde, com sorte, já
tinha escapado com vida.
Faltou o governo dizer NÃO ao sensacionalismo da imprensa em torno do caso,
que permitiu que o tal seqüestrador conversasse e chorasse compulsivamente
em todos os programas de TV que o procuraram.
Simples assim. NÃO.
Pelo jeito, a única que disse não nessa história foi punida com uma bala na
cabeça.
O mundo está carente de nãos. Vejo que cada vez mais os pais e professores
morrem de medo de dizer não às crianças. Mulheres ainda têm medo de dizer
não aos maridos (e alguns maridos, temem dizer não às esposas). Pessoas têm
medo de dizer não aos amigos. Noras que não conseguem dizer não às sogras,
chefes que não dizem não aos subordinados, gente que não consegue dizer não
aos próprios desejos. E assim são criados alguns monstros.
Talvez alguns não cheguem a seqüestrar pessoas. Mas têm pequenos surtos
quando escutam um não, seja do guarda de trânsito, do chefe, do professor,
da namorada, do gerente do banco. Essas pessoas acabam crendo que abusar é
normal. E é legal.
Os pais dizem: ‘não posso traumatizar meu filho’. E não é raro eu ver alguns
tomando tapas de bebês com 1 ou 2 anos.
Outros gastam o que não têm em brinquedos todos os dias e festas de
aniversário faraônicas para suas crias.
Sem falar nos adolescentes. Hoje em dia, é difícil ouvir alguém dizer *não*,
você não pode bater no seu amiguinho.
Não, você não vai fumar maconha enquanto for contra a lei.
Não, você não vai passar a madrugada na rua.
Não, você não vai dirigir sem carteira de habilitação.
Não, você não vai beber uma cervejinha enquanto não fizer 18 anos.
Não, essas pessoas não são companhias pra você.
Não, hoje você não vai ganhar brinquedo ou comer salgadinho e chocolate.
Não, aqui não é lugar para você ficar.
Não, você não vai faltar na escola sem estar doente.
Não, essa conversa não é pra você se meter.
Não, com isto você não vai brincar.
Não, hoje você está de castigo e não vai brincar no parque.
Crianças e adolescentes que crescem sem ouvir bons, justos e firmes NÃOS,
crescem sem saber que o mundo não é só deles.
E aí, no primeiro não que a vida dá ( e a vida dá muitos ) surtam.
Usam drogas.
Compram armas.
Batem em professores.
Furam o pneu do carro do chefe.
Chutam mendigos e prostitutas na rua.
E daí por diante…
Não estou defendendo a volta da educação rígida e sem diálogo, pelo
contrário. Acredito piamente que crianças e adolescentes tratados com um
amor real, sem culpa, tranquilo e livre, consegue perfeitamente entender
uma sanção do pai ou da mãe, um tapa, um castigo, um não.
Intuem que o amor dos adultos pelas crianças não é só prazer - é também
responsabilidade.
E quem ouve uns nãos de vez em quando também aprende a dizê-los quando é
preciso. Acaba aprendendo que é importante dizer não a algumas pessoas que
tentam abusar de nós de diversas maneiras, com respeito e firmeza, mesmo que
sejam pessoas que nos amem. O não protege, ensina e prepara.
Por mais que seja difícil, eu tento dizer não aos seres humanos que cruzam o
meu caminho quando acredito que é hora - e tento respeitar também os nãos
que recebo. Nem sempre consigo, mas tento. Acredito que é aí que está a
verdadeira prova de amor. E é também aí que está a solução para a violência
cada vez mais desmedida e absurda dos nossos dias.
*
Por Karina Cabral
Ricardo Teixeira
Vocacionado-Diocese de Guarulhos
Eis as sete faces do amor:
1. A gentileza. É a alegria de ajudar os outros, ou ainda, é reconhecer e acolher com afeto as necessidades dos outros. A gentileza transforma encontros em relacionamentos. A pessoa gentil quer servir o próximo porque o valoriza e o respeito como pessoa.Gentileza é gesto de amor altruísta e por isso transforma as pessoas. As palavras gentis têm grande poder de cativar e até de curar porque expressa reconhecimento, respeito, atenção pelo outro, são palavras construtivas, cativantes, salvadoras. A gentileza faz bem para nós e para os outros, causa-nos alegria e dá importância aos outros.
Gentileza é cortesia, generosidade, respeito, amabilidade. Os gestos mais comuns da gentileza são: agradecer, ajudar, saudar, informar, sorrir, atender, elogiar, pedir desculpas.
2. A paciência. Consiste em compreender e aceitar as imperfeições dos outros. É permitir a alguém ser imperfeito. É entender o que se passa dentro do outro, acolher seus sentimentos e os motivos de suas atitudes. Paciência não é concordar, é compreender; não julgar e não condenar. Nossa paciência permite ao outro crescer, mudar, ter nova chance para melhorar.
Quem tem consciência das próprias imperfeições e cultiva um espírito positivo, tem condições de ser paciente. A humildade nos torna pessoas dotadas de paciência, porque saímos de nós mesmos, sofremos com a situação dos outros e os acolhemos.
3. O perdão. Perdoar não é fácil mas é atitude sábia e saudável. Quem perdoa oferece ao ofensor a chance de ele melhorar. O perdão nos livra de doenças, insônias, vinganças, ódios que são sentimentos destrutivos, e possibilita a convivência, a saúde e a felicidade. Perdoar é reencontrar a alegria, a paz interior e social.
Perdoar é ter amor de mãe, amor sem medidas, amor de misericórdia que reata amizades e relacionamentos. Quem perdoa faz bem a si mesmo, compreende as limitações alheias e constrói a reconciliação e a paz social.
4. A cortesia. Significa tratar os outros como amigos porque toda pessoa é digna, original, única, valiosa. A cortesia no trânsito, no ônibus, nas filas, no relacionamento com os vizinhos, no dedicar tempo aos outros, no receber bem os que chegam, no saber agradecer, prestrar atenção, pedir desculpas, são inestimáveis gestos de amor.
No cotidiano podemos praticar a cortesia através de uma conversa; pedir licença, ajudar idosos ou alguém em dificuldades, aceitar as incompreensões dos outros.
5. A humildade. É saber reconhecer os próprios valores e imperfeições e acolher os valores e fraquezas dos outros. Humildade é autenticidade, verdade, e realismo. A palavra humildade vem de húmus (barro, terra) que é a raiz da palavra “homem”. Somos todos de barro. A humildade está nesta igualdade de dignidade, na irmandade que formamos a partir do barro, do pó e até da lama.
Aceitar a ajuda dos outros, reconhecer os erros, afirmar os valores dos outros, alegrar-se com o sucesso dos outros e de seu bem-estar, é humildade.
6. A generosidade. Define-se pela doação aos outros, é o amor que se doa, que sabe servir, dedicar tempo aos outros, ter a coragem do desapego de si e das coisas para partilhar. A generosidade é gêmea da solidariedade, da dádiva, do dom.
Há mais alegria em doar-se que em receber. A pessoa generosa é capaz de renuncias e de sacrifícios pelo bem alheio.
7. A honestidade. É dizer a verdade com amor, não inventar desculpas para justificar os próprios erros, falar os próprios sentimentos e emoções, aceitar as limitações pessoais, como também os dons, as qualidades, os sucessos.
A integridade da pessoa honesta está na veracidade das palavras, na transparência das atitudes, no compromisso com a verdade.
Dom Orlando Brandes
Fonte: CNBB
Ricardo Teixeira
Vocacionado-Diocese de Guarulhos