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Nossa Sra. das Vocações

Nossa Sra. das Vocações
Senhor que dissestes "a messe é grande e poucos são os operários", nós vos pedimos que envieis muitas e santas vocações sacerdotais e religiosas para nossa Diocese. Necessitamos de sacerdotes que nos dêem o pão da Eucaristia e o Pão da Palavra e assim possamos viver a vossa vida. Virgem Santíssima, Mãe dos sacerdotes, intercedei junto a vossa Divino Filho pela perseverança e santidade de nossos sacerdotes e seminaristas. Amém. Nossa Senhora das Vocações, rogai por nós!

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Guarulhos, São Paulo, Brazil
Somos irmãos no Discernimento Vocacional da Diocese de Guarulhos ( Marcelo, Nilton, Ricardo, Robson, Ítalo e o Bruno ) que, movidos pelo Espírito Santo tivemos a idéia de montar esse blog inspirado nos emails que trocamos. Com um único objetivo: transmitir mensagens de fortalecimento da fé, partilhar de nossa caminhada. Publicar tudo o que é suscitado em nossos corações. As tribulações, as vitórias e as alegrias que alcançamos dia-a-dia com Jesus e Maria. Seguindo a ordem nos dada pelo mestre dos mestres: " Ide pelo mundo e pregai o evangelho a toda criatura" Venha fazer parte conosco dessa missão confiada à todos nós!

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    Terminado o Tempo Pascal no dia de Pentecostes, agora celebramos a Festa da Santíssima Trindade, isto é, a presença de Deus Pai, Filho e Espírito Santo. É o mistério da revelação de Deus Trino, expressão de unidade na diversidade, de manifestação da divindade. É difícil entender esse mistério, a não com a revelação do próprio Deus.

    Deus Pai aparece como o Criador de tudo, dando evidência para a pessoa humana com todas as suas características de vida. Deus Filho destaca-se como o Redentor, o Salvador de toda a humanidade criada e vivida na dignidade. E Deus Espírito Santo é o guia e santificador dos homens e mulheres no caminho de sua história de vida.

    Pela revelação, Deus dá à criatura humana a possibilidade de participação nas realidades divinas. O próprio Deus Filho diz: “Quem crê em mim fará as obras que eu faço, e fará ainda maiores do que estas, porque eu vou para junto do Pai” (Jo 14, 12).

    O mistério da Trindade lança luzes para a vida de comunidade, no amor, na partilha, na fidelidade e no compromisso fraterno. Isto não é apenas um fato humanitário, mas com fundo cristão e de inspiração divina, que diviniza o humano.

    Em última análise, todo o universo é obra de Deus, criado com Sabedoria, que se manifesta à criatura humana como fonte de alegria e de condições de sobrevivência e de vida. Com isto, o universo revela a Sabedoria e o querer de Deus para com as pessoas.

    Tudo o que somos e temos manifesta o projeto de amor do Pai, que deseja a vida e a felicidade para toda a humanidade. Nós nos tornamos sempre criaturas novas pela fé, capazes para viver a paz e a esperança, enfrentando as dificuldades e as tribulações.

    Temos que experimentar um Deus amor e comunhão com um projeto de libertação, de ternura, de compassividade e capacidade para ir ao encontro do outro e lhe prestar ajuda nas horas mais difíceis. É atitude de compaixão com doação sem medida.


Dom Paulo Mendes Peixoto
 
 
 
Adalberto Lima
Vocacionado Diocesano

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Após a Missa celebrada na Basílica Vaticana na solenidade de Pentecostes, o Papa Bento XVI encontrou os fiéis e peregrinos que lotavam a Praça São Pedro para a oração do Regina Caeli, finalmente sob um sol primaveril.

Nas palavras que antecederam a oração mariana, o Papa falou da atualidade desta celebração, e dos muitos "pentecostes" que se manifestam ainda hoje na vida da Igreja.

Sem as efusões constantes do Espírito Santo, disse Bento XVI, a Igreja seria como um barco à vela ao qual falta o vento: "O Pentecostes se renova de modo especial em alguns momentos marcantes, seja em nível local, seja universal, seja em pequenas assembleias, seja em grandes convocações."


O Papa Bento XVI citou como exemplos os Concílios, em especial o Concílio Vaticano II, que tiveram sessões gratificadas por efusões do Espírito Santo, e o encontro dos movimentos eclesiais com João Paulo II, nesta mesma Praça, na celebração de Pentecostes de 1998.

"Mas a Igreja conhece inúmeros 'pentecostes' que vivificam as comunidades locais" – disse o Papa, citando as Liturgias e os encontros de oração, em que "os jovens sentem claramente o chamado de Deus".

"Portanto, não há Igreja sem Pentecostes. E gostaria de acrescentar: não há Pentecostes sem a Virgem Maria, como nos refere o livro dos Atos dos Apóstolos" – disse o pontífice, afirmando ter sido testemunha disso em Fátima, poucos dias atrás, durante sua viagem apostólica a Portugal.

"O que viveu aquela imensa multidão, na esplanada do Santuário, onde todos éramos um só coração e uma só alma, senão um renovado Pentecostes? No meio de nós estava Maria, a Mãe de Jesus. Esta é a experiência típica dos pequenos ou dos grandes santuários marianos, como Lourdes, Guadalupe, Pompéia, Loreto: onde quer que os cristãos se reúnam em oração com Maria, o Senhor doa o seu Espírito."

Por fim, Bento XVI evocou uma renovada efusão do Espírito Santo para toda a Igreja, em especial para todos os ministros do Evangelho, neste Ano Sacerdotal, para que a mensagem de salvação seja anunciada a todas as pessoas.

Após a oração do Regina Caeli, o Papa recordou que amanhã, 24 de maio, se celebra o Dia de oração pela Igreja na China: "Enquanto os fiéis que estão na China rezam para que a unidade entre eles e com a Igreja se aprofunde sempre mais, os católicos no mundo inteiro – especialmente os de origem chinesa – se unem a eles na oração e na caridade que o Espírito Santo infunde nos nossos corações, particularmente na solenidade de hoje."


(Da Redação Canção Nova com Rádio Vaticano)


Adalberto Lima
Vocacionado Diocesano

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    “A paz esteja convosco”. Dito isto, mostrou-lhes as mãos e o lado e continuou: “Recebei o Espírito Santo...” (Jo 20,21-22) O salmo 104, versículo 30, diz: “Se enviais o vosso sopro, Senhor, eles revivem e renovais a face da terra”. O salmista já previa o Pentecostes e já sentia os seus efeitos. É latente a correlação entre o Antigo e o Novo Testamento! Neste dia de Pentecostes, o relato do Evangelho nos mostra a presença do Cristo Ressuscitado que cria uma nova humanidade. O cristianismo nasce da força do Ressuscitado e essa presença dá uma dimensão nova ao viver em comunidade.

    Para Jesus, não há barreiras: Jesus entrou. Ficou no meio deles e os saúda. É a mesma saudação de despedida: “A paz esteja convosco”. A paz, a alegria, a certeza são fundamentos dessa nova vida. A aceitação dos outros, levando até o perdão, são condições de uma nova humanidade. A recepção do dom do Espírito Santo leva as pessoas a saírem de si e a se comunicarem.

    Nasce uma nova humanidade do Espírito Santo doado por Jesus Ressuscitado. Começa a era do Espírito de Jesus, que vai edificando uma nova realidade de vida, expressa na fé e no serviço. Ao doar seu Espírito aos apóstolos, Jesus concede o definitivo tempo de perdão ao povo, que prolonga sua missão.

    Para compreender essa nova realidade e essa nova linguagem, é preciso viver o amor, que supera todas as divisões de raça, cor e condição social. Viver esse amor é comunicá-lo aos outros. A comunidade se alegra. E essa alegria, anúncio da vitória da vida sobre a morte, será a característica dos que lutam pelo mundo novo.

    Com essa certeza, a comunidade está preparada para receber o Espírito Santo. Deus se revelou ao povo através dos patriarcas e profetas. Depois, enviou seu próprio Filho, que sofreu com o povo e pelo povo e mostrou a misericórdia do Pai.

    Ressuscitado, o Filho envia o Espírito Santo, que é o amor do Pai e do Filho e que é, em outras palavras, a presença de Deus em nossas vidas. Ele está conosco. É preciso que acreditemos e que recebamos esse amor e essa misericórdia de Deus, constantemente se revelando a nós. Que nós vençamos a cegueira espiritual e possamos usufruir e levar aos irmãos esse amor tão grande que o Pai nos proporciona.



 
Dom Eurico dos Santos Veloso

- Arcebispo Metropolitano de Juiz de Fora, MG


 
Adalberto Lima
Vocacionado Diocesano

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Um príncipe, saindo um dia a passeio, passou bem perto de um mendigo que lhe pediu uma esmola dizendo:

- Faça a caridade a um pobre irmão.

O príncipe parou, olhou o pobre e disse: - Eu não tenho irmãos pobres.

O mendigo replicou: - Nós somos todos irmãos em Jesus Cristo. O príncipe lhe deu uma moeda de ouro. E assim fez por dez dias em seguida. No décimo primeiro dia, o príncipe resolveu disfarçar-se de mendigo e passando perto do outro lhe disse:

- Faça a caridade a um pobre irmão.


O verdadeiro mendigo respondeu com raiva: - Eu não tenho irmãos. Então o príncipe se revelou como tal e respondeu: - Entendi; você é irmão só de príncipes. E pegou de volta as dez moedas.




    No dia de Pentecostes refletimos sobre o dom do Espírito Santo que Jesus deixou para os seus amigos. O Divino Espírito Santo é, podemos dizer assim, o “dom dos dons” ou, se preferirmos, o dom que dá sentido e força a todos os outros dons. Hoje se fala muito dos dons do Espírito Santo, também conhecidos como “carismas”. São Paulo, nas suas cartas, fez muitas listas desses dons; nós poderíamos também juntar outros. Não porque inventamos esses dons, mas simplesmente porque tudo o que nós temos recebido de qualidades e capacidades, a começar por nossa própria vida, pela fé e pelo amor, é algo que ganhamos de presente da bondade de Deus. Em outras palavras: se tudo o que temos e somos é dom de Deus, também tudo isso deveria ser colocado a serviço dos nossos irmãos. Deveríamos saber doar o que recebemos em dom. Afinal, fazer da nossa existência um dom “bom” para os outros é seguir, de perto, os passos do Mestre Jesus que não poupou a sua própria vida. Nós também deveríamos usar para o bem o que somos e temos.

    Isso acontece também nas nossas paróquias, comunidades, grupos e movimentos. Se quiserem interpretá-lo assim, é um apelo que eu faço. Há muita bondade e muitas capacidades entre nós. Há criatividade, fartura de arte, de oração fraterna. Temos muitas idéias e propostas que, se fôssemos mais unidos, poderiam mudar ao menos alguma coisa ao nosso redor. Mas tudo isso não sai de nossa casa, do nosso grupo, do círculo fechado das mesmas pessoas. Quem tem algo bom deve saber doá-lo também aos outros. Deve aprender a caminhar junto com os outros, num intercâmbio de dons; no diálogo, na paciência, na comunhão. Não podemos nos fechar somente no nosso grupo de “amigos”, que pensam como nós, nos agradam e nos fazem sentir bem. Existem também os outros, com e para os quais vale o mesmo. Os dons crescem e se multiplicam quando são trocados. Dando bom exemplo estimulamos os outros. Oferecendo uma boa palavra enriquecemos quem estava precisando. Mas também escutando o que outros dizem e conhecendo o que os outros fazem, aprendemos sempre alguma coisa nova. Ficamos felizes com as coisas boas que sabemos fazer, porém deveríamos também nos alegrar com o bem que outros fazem.   

    Nem sempre é assim. Se usarmos dos dons recebidos exclusivamente para a nossa vantagem, ou para alguns escolhidos, estamos aproveitando somente parte das possibilidades que temos. Quanta inteligência é usada só para proveito próprio ou, muitas vezes, para enganar os outros menos expertos? Quanta bondade fica trancada entre as paredes de uma casa, pela incapacidade de sair para doá-la aos outros? Quantas vezes a nossa generosidade não consegue sair do nosso grupo, dos nossos amigos, dos que gostamos, como se os outros não existissem e não precisassem também ser amados? Somos bons, mas não amamos bastante. Selecionamos tanto os que decidimos amar que no fim reduzimos a quase nada o nosso amor. Desconfiança? Medo? Ou talvez porque não queremos doar um pouco do que recebemos. Ainda não entendemos a beleza e a riqueza do dar e receber por amor.

    É fácil ser amigo de príncipes para pedir ou exigir; devemos aprender a sermos amigos, também, dos outros mendigos para dar e trocar um pouco do que recebemos. Com certeza descobriremos que todos nós somos mais ricos do que pensávamos e, ao mesmo tempo, sempre tão necessitados de aprender com os outros. Os dons oferecidos enriquecem a todos. Vamos ficar todos príncipes. Mendigo continua sendo aquele que não sabe doar nada, ou pouco demais.

Dom Pedro José Conti
Bispo do Macapá




Adalberto Lima
Vocacionado Diocesano

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   “Meu irmão jovem, não tenha medo de seguir Jesus. Vale a pena deixar tudo e arriscar a própria vida para seguir Jesus”. Com estas palavras, o presidente da CNBB, dom Geraldo Lyrio Rocha, exortou a juventude a seguir Jesus Cristo “como discípulos e missionários”, na missa que presidiu na noite de ontem, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, por ocasião do 16º Congresso Eucarístico Nacional.

    A missa da juventude foi precedida por uma longa caminhada dos jovens, saindo do Centro de Convenções Ulysses Guimarães até o local da missa. Após a missa, teve início uma vigília, na Esplanada dos Ministérios, com o Santíssimo Sacramento ficando exposto para adoração até às 6h deste domingo. Ao longo da noite, os grupos se revezaram na adoração.

    Dom Geraldo conclamou os jovens a fazerem um encontro pessoal com Jesus Cristo. “Onde podemos encontrar Jesus?”, indagou. “Jesus está na Palavra contida nas Sagradas Escrituras, transmitida pela Igreja e ensinada autenticamente pelo magistério”, disse.

    O arcebispo lembrou que Jesus está também “na Sagrada Liturgia; nos ministros que agem em seu nome [de Jesus]; nos sacramentos, especialmente, na Santíssima Eucaristia; na pessoa dos irmãos e irmãs, especialmente no menor, no pobre, no excluído, no sofredor”.

    O 16º Congresso Eucarístico, organizado pela arquidiocese de Brasília, termina neste domingo, 16, com missa às 9:30h, na Esplanada dos Ministérios.




Adalberto Lima
Vocacionado Diocesano

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    Não é difícil perceber que a desunião entre as Igrejas cristãs é um escândalo que prejudica a própria pregação do evangelho. Quem vê, de fora, Igrejas em oposição, fica com a triste impressão de que estamos disputando espaço em vez promover o projeto de Jesus. A união faz a força – diz o provérbio bem conhecido. Na mesma proporção a desunião produz fraqueza. Igrejas unidas terão mais condição de promover a paz e a justiça. Estarão, com seu próprio comportamento, gritando ao mundo que a reconciliação, o perdão, a retificação de caminhos são sempre possíveis, quando há abertura para a graça. Mas, ainda que essa razão seja poderosa, temos outra ainda maior para buscar a unidade: Jesus pediu que os seus seguidores fossem um como ele e o Pai são um. Como ignorar tal desejo do Senhor? A Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos é um momento especial para colocarmos nas mãos da Trindade nossos esforços e dificuldades no caminho da busca do relacionamento fraterno de Igrejas, superando séculos de uma história de enfrentamento mútuo.

    Já o papa Leão XIII tinha pensado em fazer uma novena pela unidade, aproveitando a semana que vai do dia de Ascensão à festa de Pentecostes. Mais tarde a idéia foi muito divulgada por Lewis Thomas Wattson, um anglicano que se tornou católico romano. A proposta de data feita por Wattson era outra: de 18 de janeiro (festa da cátedra de S. Pedro em Roma) a 25 de janeiro (festa de S. Paulo); estariam assim representados nos dois apóstolos estilos diferentes de vivência cristã. Mas, de acordo com a mentalidade católica da época, pensava-se em unidade como retorno de todos os cristãos à Igreja com sede em Roma. Como era de se esperar, tal proposta não foi bem aceita por ortodoxos e evangélicos. Em 1926 o movimento Fé e Constituição, que mais tarde vai estar na origem da formação do Conselho Mundial de Igrejas, lançou um apelo para a realização de uma Semana de Oração pela Unidade, a ser feita nos dias que antecedem a festa de Pentecostes.

     Um grande impulso veio também do sacerdote católico francês Paul Couturier a partir de 1935. Mas dessa vez a proposta mostrava uma abertura da parte católica: não se tratava de um retorno ao catolicismo, mas da reunião fraterna de Igrejas, cada uma com a sua identidade. Pe. Couturier dizia: “Que chegue a unidade do Reino de Deus, tal como Cristo a quer e pelos meios que ele quiser!” Essa atitude ficou mais fácil para os católicos depois do Concílio Vaticano II (1962-1965), que reconheceu valores nos então chamados “irmãos separados” e em suas Igrejas, afirmando que a fé comum em Cristo é princípio de comunhão e assumindo a proposta ecumênica que respeita a identidade religiosa do outro.

    Para explicar o tipo de ecumenismo que queremos, hoje usamos muito a imagem dos raios de uma roda cujo centro é Jesus. As Igrejas, cada uma no seu raio, ao se aproximarem do centro, ficarão inevitavelmente mais próximas umas das outras. Não se pede conversão de uma Igreja a outra, o que se deseja é a conversão de todas à prática da unidade por amor e fidelidade a Jesus.

    A partir de 1968, a Semana é preparada conjuntamente pelo Pontifício Conselho para a Unidade dos Cristãos e pelo Conselho Mundial de Igrejas, representado por sua comissão de Fé e Constituição. A data pode variar: na Europa em geral a Semana se faz de 18 a 25 de janeiro; aqui no Brasil preferimos o período que fica entre Ascensão e Pentecostes.

    A cada ano pede-se a colaboração mais especial de um país, onde é escolhido o tema e são elaboradas indicações gerais de textos, orações, reflexões. Aqui no Brasil, o texto é recebido pelo CONIC (Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil) e refeito para se adaptar ao nosso jeito de celebrar.

    Para orientar os que vão viver a Semana, o CONIC prepara todos os anos, um livrinho com textos para as celebrações, reflexões, orações e estudos bíblicos dentro do tema. Há um cartaz para divulgar a Semana e um folheto para ser distribuído aos participantes, onde se explicam as linhas fundamentais do ecumenismo que queremos. o CONIC reúne cinco Igrejas como membros plenos: Igreja Católica Romana, Igreja Episcopal Anglicana, Igreja Evangélica de Confissão Luterana, Igreja Presbiteriana Unida, Igreja Sirian Ortodoxa de Antioquia. Outras Igrejas têm-se mostrado favoráveis à causa ecumênica e se tornam parceiras tanto na oração como na ação a favor da paz. Às vezes até uma Igreja que oficialmente não assumiu postura ecumênica tem comunidades onde há abertura para esse trabalho. Aí, é claro, esses novos parceiros são acolhidos na maior alegria.

    A Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos exige cuidado e delicadeza na sua realização. Quando várias Igrejas oram juntas é preciso conversar antes, ver se o que vai ser feito não causa problemas à sensibilidade religiosa dos participantes. Todos devem se sentir à vontade. Se algum canto, gesto ou oração causa problema para alguma das Igrejas envolvidas, o mais sensato e caridoso é substituir por algo que seja de aceitação comum. O mesmo se dirá a respeito do local de reunião. Isso não é calar a própria identidade: é dar tempo ao tempo, deixar a confiança mútua crescer aos poucos e não pressupor que podemos consertar em uma semana o que levamos séculos estragando. Mas há também situações especiais. Imaginemos que, numa cidade muito pequena, não haja duas Igrejas que já queiram rezar juntas; é possível uma Igreja viver a Semana com seus próprios fiéis, educando-os para o amor aos outros cristãos. O ecumenismo é uma espiritualidade em que se cultivam atitudes que são importantíssimas até para conviver dentro da própria Igreja, na família, no trabalho.

    Pentecostes é uma festa que tem tudo a ver com ecumenismo: as pessoas nesse dia não passaram a falar todas a mesma língua, mas entenderam a pregação de Pedro cada uma do seu jeito e se sentiram unidas por um evangelho comum. Bom mesmo será se o espírito da Semana de Oração pela Unidade perdurar e dela nascerem outras iniciativas: grupos conjuntos de reflexão bíblica, festivais de música entre as Igrejas, ações de promoção social realizadas ecumenicamente... e o que mais o Espírito Santo inspirar.



UM POUCO DE HISTÓRIA

    A celebração mundial da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos começou na Igreja Episcopal [anglicana], no ano de 1908, em Graymoor, no vale da Rio Hudson, no Estado de Nova York, Estados Unidos. Dez anos antes, Paul James Wattson, clérigo da Igreja Episcopal, fundou junto com Lurana Mary White, também da Igreja Episcopal, as congregações franciscanas que formam a Sociedade de Atonnement, ou seja, da Reconciliação, na Vila Graymoor, perto da cidade de Garrison.

    Na sua Igreja, frei Wattson encontrou apoio do Reverendo Spencer Jones, reitor da Igreja na Inglaterra, e conhecido como um autor catequético. Em 1907 o Reverendo Jones sugeriu ao Frei Wattson que deveria se observar um dia de oração pela unidade dos cristãos todos os anos, no mundo inteiro, na festa de São Pedro.

    Frei Watsson gostou muito da sugestão, mas recomendou que seria melhor uma "Semana de Unidade Cristã", começando na festa da Cátedra de São Pedro, no dia 18 de janeiro, e terminado na festa de São Paulo, no dia 25 de janeiro.

   A Semana da Unidade na Igreja foi celebrada pela primeira vez em 1908, e depois foi chamada "A Oitava de Unidade da Igreja" pelo frei Wattson, já que havia oito dias entre as duas festas.

    Atualmente a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos é celebrada por milhões de cristãos no mundo. O decreto sobre o ecumenismo do Concílio, promulgado em 1964, chamou a oração de alma do movimento ecumênico e animou a celebração.

    Em 1996, a Comissão Fé e Constituição, do Conselho Mundial de Igrejas, e o Pontifício Conselho pela Unidade dos Cristãos começaram a colaborar na elaboração de um texto comum internacional para uso em todo o mundo.

    Desde 1968 estes textos internacionais, baseados em temas propostos por grupos ecumênicos existentes no mundo, são adaptados à realidade dos diferentes países. Aqui no Brasil essa adaptação é feita pelo Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil.



SEMANA DE ORAÇÃO 2010

   Neste ano, 2010, a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos será realizada entre os dias 16 e 23 de maio e terá como lema “Vocês são testemunhas dessas coisas” (Lucas 24:48). Vale lembrar que as igrejas escocesas também celebram, concomitantemente com a SOUC, o centésimo aniversário da Conferência de Edimburgo, e o tema proposto é semelhante: “Testemunhar Cristo Hoje”.




Adalberto Lima
Vocacionado Diocesano

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    O presidente do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (Conic), pastor sinodal Carlos Möller, enviou carta a todas as Igrejas lembrando a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos que começa neste domingo, 16, e se estende até o dia 23.
 
    “A Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos deste ano é histórica, isso porque, há 100 anos, missionários cristãos se reuniam na Escócia, por ocasião da Conferência Missionária de Edimburgo, com o objetivo de propor a unidade dos cristãos para a missão”, explica o pastor. “Hoje a missão das igrejas é interna, pois evangelizam por meio do testemunho de que o diálogo intra e interreligioso são possíveis”, completa.

     Com o tema “Vocês são testemunhas dessas coisas”, a Semana é celebrada em todas as Igrejas Cristãs, especialmente as que fazem parte do Conic: Igreja Católica Apostólica Romana, Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil, Igreja Sirian Ortodoxa de Antioquia, Igreja Presbiteriana Unida.
 
    “Esse momento [a Semana de Oração] se caracteriza por duas premissas essenciais, a oração, que é capaz de elevar o ser humano a dimensões do sagrado e ao gesto concreto da realização da coleta, que tem por objetivo a manutenção dos trabalhos realizados pelo CONIC, na promoção da união entre os irmãos em Cristo”, recorda o presidente do Conic.



Adalberto Lima
Vocacionado Dioceano

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    Cristo, em sua humanidade santíssima, já chegou à glória, essa glória que, até o momento, é aurora para o resto da humanidade. Ainda não podemos experimentará-la, mas cremos firmemente nela. De fato, a esperança nesse reino induziu tantos homens, depois de Cristo, a entregar sua vida, sem temer a morte; homens que conformam uma constelação quase infinita de jóias na história da Igreja: são os mártires. Mas não só os mártires; na realidade, todos estamos chamados a uma única santidade e todos devemos viver com os olhos de nosso coração voltados para o céu porque "passa a figura deste mundo" e logo seremos "recebidos na paz e na suma bem-aventurança, na pátria que brilhará com a glória do Senhor". (Gaudium et spes, 93).

    Assim como na solenidade de Páscoa a ressurreição do Senhor foi para nós causa de alegria, assim também agora sua ascensão ao céu nos é um novo motivo de alegria, ao lembrar e celebrar liturgicamente o dia em que a pequenez de nossa natureza foi elevada, em Cristo, acima de todos os exércitos celestiais, de todas as categorias de anjos, de toda a sublimidade das potestades, até compartilhar o trono de Deus Pai. Fomos estabelecidos e edificados por este modo de atuar divino, para que a graça de Deus se manifestasse mais admiravelmente, e assim, apesar de ter sido afastada da vista dos homens a presença visível do Senhor, pela qual se alimentava o respeito dele para com Ele, a fé se mantivesse firme, a esperança inabalável e o amor aceso.

    Nisto consiste, com efeito, o vigor dos espíritos verdadeiramente grandes, isto é o que realiza a luz da fé nas almas verdadeiramente fiéis: crer sem vacilar no que nossos olhos não vêem, ter fixo o desejo no que não pode alcançar nosso olhar. Como poderia nascer esta piedade em nossos corações, ou como poderíamos ser justificados pela fé, se nossa salvação consistisse apenas no que nos é dado ver?



    Assim, todas as coisas referentes a nosso Redentor, que antes eram visíveis, passaram a ser ritos sacramentais; e, para que nossa fé fosse mais firme e valiosa, a visão foi substituída pela instrução, de modo que, em diante, nossos corações, iluminados pela luz celestial, devem apoiar-se nesta instrução.



    Esta fé, aumentada pela ascensão do Senhor e fortalecida com o dom do Espírito Santo, já não se abate pelas correntes, a prisão, o desterro, a fome, o fogo, as feras nem os refinados tormentos dos cruéis perseguidores. Homens e mulheres, crianças e frágeis donzelas lutaram em todo o mundo por esta fé, até derramar seu sangue. Esta fé afugenta os demônios, cura doenças, ressuscita os mortos.

    Por isso os próprios apóstolos, que, apesar dos milagres que haviam contemplado e dos ensinamentos que haviam recebido, se acovardaram diante das atrocidades de paixão do Senhor e se mostraram arredios em admitir sua ressurreição, receberam um progresso espiritual tão grande da ascensão do Senhor, que tudo o que antes era motivo de temor tornou-se motivo de gozo. É que seu espírito estava agora totalmente elevado pela contemplação da divindade, do que está sentado à direita do Pai; e ao não ver o corpo do Senhor podiam compreender com maior claridade que aquele não havia deixado o Pai, ao descer à terra, nem havia abandonado seus discípulos, ao subir aos céus.

    Então, amadíssimos irmãos, o Filho do homem mostrou-se, de um modo mais excelente e sagrado, como Filho de Deus, ao ser recebido na glória da magestade do Pai, e, ao afastar-se de nós por sua humanidade, começou a estar presente entre nós de um novo modo e inefável por sua divindade.

    Então nossa fé começou a adquirir um maior e progressivo conhecimento da igualdade do Filho com o Pai, e a não necessitar da presença palpável da substância corpórea de Cristo, segundo a qual é inferior ao Pai; pois, subsistindo a natureza do corpo glorificado de Cristo, a fé dos fiéis é chamada onde poderá tocar ao Filho único, igual ao Pai, não mais com a mão, mas mediante o conhecimento espiritual.

(Dos Sermões de São Leão Magno, Papa)
 
 
 
Adalberto Lima
Vocacionado Diocesano

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   Após a oração Regina Coeli deste domingo, 9, o papa Bento XVI enviou uma saudação ao povo brasileiro pela realização do XVI Congresso Eucarístico Nacional, em Brasília (DF). “É justamente no Santíssimo Sacramento do Altar que Jesus mostra a sua vontade de estar conosco, de viver em nós, de doar-se a nós”, disse o papa ao se referir ao lema do evento.

   O Congresso Eucarístico começa na quinta-feira, 13, após a Assembleia da CNBB que acontece na capital federal desde terça-feira, 4. O cardeal Cláudio Hummes é o enviado especial do papa para o Congresso.


Leia, abaixo, a saudação do papa ao povo brasileiro.

   "Dirijo uma saudação especial ao povo brasileiro que vai se reunir na sua capital, Brasília, para celebrar o XVI Congresso Eucarístico Nacional, de quinta-feira a domingo próximos, com a presença do meu enviado especial, o Cardeal Dom Cláudio Hummes.

   No lema do Congresso, aparecem as palavras dos discípulos de Emaús “Fica conosco, Senhor”, expressão do desejo que palpita no coração de todo ser humano. Possais todos vós, pastores e povo fiel, redescobrir que o coração do Brasil é a Eucaristia.

   É justamente no Santíssimo Sacramento do Altar que Jesus mostra a sua vontade de estar conosco, de viver em nós, de doar-se a nós. A sua adoração leva-nos a reconhecer o primado de Deus, pois só Ele pode transformar o coração dos homens, levando-os à união com Cristo num só Corpo.

   De fato, ao receber o Corpo do Senhor ressuscitado, experimentamos a comunhão com um Amor que não podemos guardar para nós mesmos: este exige ser comunicado aos demais para assim poder construir uma sociedade mais justa.

   Por fim, estando próximo o encerramento do Ano sacerdotal, convido todos os sacerdotes a cultivarem uma espiritualidade profundamente eucarística a exemplo do Santo Cura D’Ars que, buscando unir o seu sacrifício pessoal àquele de Cristo atualizado no Altar, exclamava: «Como faz bem um padre oferecer-se em sacrifício a Deus todas as manhãs!».

   E enquanto invoco, pela intercessão de Nossa Senhora Aparecida, as maiores graças do céu para que alimentados pela Eucaristia, pão da Unidade, se tornem verdadeiros Discípulos Missionários, a todos concedo benevolente Bênção Apostólica".



Adalberto Lima
Vocacionado Diocesano

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   Capital Federal sedia encontro durante comemoração de 50 anos de fundação da cidade



   Em 2010, Brasília estará em festa. Não só pelos 50 anos de fundação da cidade, como também pelo Jubileu da Arquidiocese de Brasília e pela realização de mais um grande evento eucarístico na capital federal. O XVI Congresso Eucarístico Nacional (CEN) será realizado de 13 a 16 de maio e terá como tema Eucaristia, pão da unidade dos discípulos missionários e por lema Fica conosco, Senhor! (cf. Lc 24,29).


   O Congresso Eucarístico Nacional será o ponto central das celebrações dos 50 anos da Arquidiocese de Brasília, que contarão também com uma retrospectiva histórica dos acontecimentos mais importantes da Arquidiocese como a primeira missa celebrada no marco inicial da construção da cidade em 1957 e o VIII Congresso Eucarístico Nacional, realizado em 1970.

   Durante a 46ª Assembléia Geral da CNBB, realizada em abril de 2008, ao apresentar o tema e o lema do XVI Congresso Eucarístico Nacional, Dom João Braz de Aviz, Arcebispo Metropolitano de Brasília, declarou que, “para a Igreja, a realização do Congresso Eucarístico possibilita uma maior vivência da Eucaristia e é fonte inesgotável para a vida cristã, por isso deve haver um empenho para sua melhor realização”.


   A programação do Congresso envolverá atividades de reflexão e estudo sobre temas atuais e relevantes para a vivência do sacramento da Eucaristia, celebrações eucarísticas, adoração ao Santíssimo Sacramento e atividades culturais. Para essa autêntica festa, toda a Igreja é convocada, e o evento deverá contar com a presença de cardeais, bispos, sacerdotes, religiosos, diáconos permanentes, membros de institutos de vida consagrada, leigos e representantes de todas as dioceses do País.

   O Congresso será antecedido pela realização da 48ª Assembléia Geral da CNBB, cuja missa de abertura, em 3 de maio de 2010, fará memória da Primeira Missa em Brasília, na Praça do Cruzeiro.

   A Arquidiocese de Brasília, responsável pela organização do XVI CEN, vem trabalhando com empenho para providenciar toda a estrutura necessária ao Congresso. Já foram constituídas a Comissão Central e as Comissões Executivas, que trabalham em conjunto com diversos voluntários para a realização deste momento dedicado à celebração do grande dom da Sagrada Eucaristia.

   Segundo Dom João Braz, “em nossos trabalhos queremos formar um corpo unido, onde cada parte desse, cada membro, e cada comissão, sejam um corpo vivo, um corpo que faz um trabalho unido a todos os outros. O Congresso Eucarístico deve ser a expressão de um trabalho de comunhão, que tem sua fonte na eucaristia”.



Fonte: http://www.cen2010.org.br/



Adalberto Lima
Vocacionado Diocesano

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   A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) acaba de divulgar uma nota por ocasião da comemoração do 1º de Maio, Dia do Trabalho. Dirigindo-se aos trabalhadores do Brasil, a CNBB reafirmou seu compromisso de "colaborar na construção de uma sociedade politicamente democrática, economicamente justa, ecologicamente sustentável e culturalmente plural" e expressou apoio pela “consolidação e a ampliação” dos direitos dos trabalhadores.

   “Entre esses direitos, destacamos, sobretudo, o combate ao trabalho escravo pela aprovação da PEC 438/0; a reforma agrária e o limite da propriedade da terra; o incentivo à agricultura familiar e camponesa nos contornos de cada bioma brasileiro; a diminuição da jornada de trabalho sem redução de salários; a ampliação dos fundos solidários e a construção do marco da economia solidária; a implementação de uma política de emprego para a juventude; a correção das perdas nas aposentadorias e a indexação justa de seus benefícios; a universalização da proteção social previdenciária para todo o mundo do trabalho, de sorte que o Brasil possa incluir totalmente a força de trabalho no seguro social”, diz a nota.

   De acordo com a CNBB, o mundo do trabalho continua dividido em categorias: a dos integrados, a dos semi-integrados e a dos excluídos. Os aposentados, “convivendo com graves perdas salariais”, também foram lembrados pelos bispos.

   Leia, abaixo, a íntegra da nota, que é assinada pela Presidência da CNBB.


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MENSAGEM DA CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL PARA O

DIA DO TRABALHO – 1º DE MAIO


“Por meio do seu trabalho o ser humano se une e serve os seus irmãos, pode exercitar uma caridade autêntica e colaborar no acabamento da criação divina” (Concílio Vaticano II, GS 67,2).

   Ao celebrar o Dia do Trabalhador e da Trabalhadora, a CNBB reafirma seu compromisso de colaborar na construção de uma sociedade politicamente democrática, economicamente justa, ecologicamente sustentável e culturalmente plural. Afirmam os bispos na Conferência de Aparecida: “Com sua voz, a Igreja unida à de outras instituições nacionais e mundiais, tem ajudado a dar orientações prudentes e a promover a justiça, os direitos humanos e a reconciliação dos povos” (Documento de Aparecida, 98).

   A Campanha da Fraternidade Ecumênica de 2010 denunciou os desvios decorrentes de um modelo econômico voltado para o lucro e para o acúmulo de bens, sem considerar o valor da pessoa humana e sem estar a serviço do bem comum. Entre os desvios encontra-se a prioridade do capital sobre a pessoa humana e, em decorrência disso, do trabalho.

   No Brasil e em outros países, o mundo do trabalho continua dividido em categorias: a dos integrados, em número reduzido, com bons salários e vínculo aos círculos mundiais da produção; os semi-integrados, trabalhadores em situação de risco, aqueles que trabalham precariamente e de forma intermitente; e os excluídos, trabalhadores que estão fora da sociedade salarial ou dos vínculos de proteção dos direitos sociais, os desempregados, sub-empregados. Há que se lembrar também dos aposentados e aposentadas, nem sempre reconhecidos pelo bem que fizeram e ainda podem fazer pelo País, e convivendo, tantas vezes, com graves perdas salariais. O direito de todos ao trabalho e a inclusão universal na rede de proteção social tornam-se objetivos obrigatórios para todos os que buscam construir uma sociedade justa e solidária.

   Em sua saudação neste 1º de maio, a CNBB faz ressoar as aspirações dos trabalhadores e trabalhadoras pelo reconhecimento de seus direitos, e expressa seu apoio em favor da consolidação e ampliação dos direitos trabalhistas em nosso país. Entre esses direitos, destacamos, sobretudo, o combate ao trabalho escravo pela aprovação da PEC 438/0; a reforma agrária e o limite da propriedade da terra; o incentivo à agricultura familiar e camponesa nos contornos de cada bioma brasileiro; a diminuição da jornada de trabalho sem redução de salários; a ampliação dos fundos solidários e a construção do marco da economia solidária; a implementação de uma política de emprego para a juventude; a correção das perdas nas aposentadorias e a indexação justa de seus benefícios; a universalização da proteção social previdenciária para todo o mundo do trabalho, de sorte que o Brasil possa incluir totalmente a força de trabalho no seguro social.

   A CNBB convida todos os trabalhadores e trabalhadoras, que participam da obra criadora de Deus pela dignidade de seu trabalho, a manterem viva a fé em Jesus Cristo, na busca de relações justas e solidárias no mundo do trabalho e no conjunto da sociedade brasileira.

   Que Nossa Senhora Aparecida e São José Operário acompanhem todas as pessoas que, pelo seu trabalho, constroem condições dignas para sua família, buscam o bem comum e protegem a vida em nosso Planeta.

Brasília, 01 de maio de 2010


Dom Geraldo Lyrio Rocha
Arcebispo de Mariana
Presidente da CNBB

Dom Luiz Soares Vieira
Arcebispo de Manaus
Vice-Presidente da CNBB

Dom Dimas Lara Barbosa
Bispo Auxiliar do Rio de Janeiro
Secretário Geral da CNBB

Adalberto Lima
Vocacionado 2010

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        Hoje é um dia dedicado ao trabalhador. Releio trechos da célebre Encíclica Laborem Exercens, do Papa João Paulo II (1981), sobre o trabalho humano. O trecho inicial da encíclica para a sua reflexão neste 1º de maio:
“Veneráveis irmãos e dilectos filhos e filhas: Saúde e bênção Apostólica!"
     É MEDIANTE O TRABALHO que o homem deve procurar-se o pão quotidiano e contribuir para o progresso contínuo das ciências e da técnica, e sobretudo para a incessante elevação cultural e moral da sociedade, na qual vive em comunidade com os próprios irmãos. E com a palavra trabalho é indicada toda a atividade realizada pelo mesmo homem, tanto manual como intelectual, independentemente das suas características e das circunstâncias, quer dizer toda a atividade humana que se pode e deve reconhecer como trabalho, no meio de toda aquela riqueza de atividades para as quais o homem tem capacidade e está predisposto pela própria natureza, em virtude da sua humanidade. Feito à imagem e semelhança do mesmo Deus no universo visível e nele estabelecido para que dominasse a terra, o homem, por isso mesmo, desde o princípio é chamado ao trabalho. O trabalho é uma das características que distinguem o homem do resto das criaturas, cuja atividade, relacionada com a manutenção da própria vida, não se pode chamar trabalho; somente o homem tem capacidade para o trabalho e somente o homem o realiza preenchendo ao mesmo tempo com ele a sua existência sobre a terra. Assim, o trabalho comporta em si uma marca particular do homem e da humanidade, a marca de uma pessoa que opera numa comunidade de pessoas; e uma tal marca determina a qualificação interior do mesmo trabalho e, em certo sentido, constitui a sua própria natureza.”




Adalberto Lima
Vocacionado Diocesano

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