A Oração de São Francisco, também conhecida como oração da Paz, é uma das mais populares da Igreja Católica. O texto nos leva a uma reflexão sobre os caminhos percorridos por Francisco aqui na Terra, mostrando como deve se orientar a vida, hoje, dos que seguem uma das três ordens franciscana, e de todos aqueles que forem desejosos em se tornarem humildes de coração, fiéis, os ensinamentos de Jesus e agradáveis a Deus.
Reflitamos, então irmãos, o que tão importante oração pode nos ensinar:
Senhor, fazei de mim um instrumento de vossa paz: ser instrumento é entregar-se ao serviço de Deus. Francisco faz isso aos 25 anos de idade, quando deixa sua cidade e vida farta de bens materiais para buscar os caminhos do Senhor, vivendo de doações. Ser instrumento de paz é cultivá-la, primeiro em nós mesmos, depois em nossa família, no trabalho e na comunidade, bem como buscar incessantemente a comunhão entre as pessoas.
Onde houver ódio, que eu leve o amor: o ódio é o pior e mais triste de todos os sentimentos; é a causa de muitos males humanos. A melhor cura para o ódio é cultivar o amor em nossas palavras e atitudes.
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão: A oração do Pai Nosso nos diz: "perdoai as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido'. Jesus, muito antes da oração de São Francisco, já falava do perdão de Deus às ofensas cometidas por nós, e da necessidade de darmos nosso perdão a quem nos tenha ofendido.
Onde houver discórida, que eu leve a união: Todos desentendimento é o primeiro caminho para a discórdia e o ódio. Promover o diálogo, a paz, a união, são gestos que muito agradam a Deus, pois assim evitamos os conflitos e discussões que frequentemente semeiam o ódio, que trazem as discussões, angústias e tristeza para quem odeia e quem é odiado.
Onde houver dúvida, que eu leve a fé: A dúvida tira os homens do caminho que o Senhor preparou para cada um dos seus filhos. Apenas a força mais potente do universo, a fé, pode reconduzir para a correta caminhada aqueles que, com dúvida, optaram pro outras estradas. O caminho certo leva até as palavras de Deus, aos seus ensinamentos, ao seu Reino. Que todos nós possamos ser instrumentos para levar a fé a todo lugar onde houver a dúvida.
Onde houver erro, que eu leve a verdade: Os erros impedem que reconheçamos a presença de Deus em todas as coisas. Deus se faz presente em tudo, e que a verdade brilhe sempre em todos os lugares onde houver o erro.
Onde houver desespero, que eu leve a esperança: Os caminhos de Deus não são fáceis, e ainda mais difíceis são as estradas que não levam a ele. Muitas vezes o desespero se apodera de nossos espíritos, nos afligindo. A esperança faz cessar o desespero. Que possamos ter sempre boas palavras e atitudes para oferecer a todos os que necessitam de esperança.
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria: Que a alegria de todos nós possa nascer da compaixão sincera por todos aqueles que sofrem, da solidariedade verdadeira com os injustiçados e das nossas próprias conversões à fraternidade universal.
Onde houver trevas, que eu leve a luz: Deus quer nos usar como instrumento para dissipar as trevas que existe na vida das pessoas, levando a sua luz, que é a palavra, os ensinamentos e a prática do amor.
Ó Mestre, fazei que eu procure mais consolar do que ser consolado: É preciso que abandonemos as dores do nosso espírito e saibamos ouvir as dores das outras pessoas, muitas vezes tão maiores que as nossas, para que consigamos consolar aqueles cujas forças se esvaem.
Fazei que eu procure mais compreender do que ser compreendido: Passamos a vida a procurar quem nos compreenda; procuramos a compreensão de Deus. Que deixemos de lado a nossa necessidade de sermos compreendidos e possamos abrir os nossos corações e espíritos para compreender o irmão.
Fazei que eu procure mais, amar do que ser amado: O amor é uma dádiva, é o mais belo sentimento. Deus é O amor mais puro. Toda vez que praticamos o amor irradia-se todos os bons sentimentos vindos de Deus. Javé muito se alegra e cuida dos filhos que praticam o amor, dos filhos que procuram mais amar do que ser amado.
Pois é dando, que se recebe: Quando doamos generosa e gratuitamente, Deus nos retribui com bençãos e tudo o que precisamos para enriquecer o nosso espírito.
É perdoando que se é perdoado: Não há o perdão de Deus para aqueles que não souberem perdoar quem nos tenha ofendido.
E é morrendo que se vive para a vida eterna: Morremos por causa dos nossos pecados. Mas Deus, no seu infinito amor, agracia com a vida eterna a todos aqueles que foram fiéis aos ensinamentos, a sua palavra, ao seu amor.
Senhor, fazei de todos nós instrumentos de vossa paz.
Amém
Texto retirado do Jornal Paroquial Instrumento da Paz - Paróquia São Francisco de Assis - Gopoúva e escrito por Gilberto Argeri.
Nilton de Carvalho
Vocacionado - Diocese de Guarulhos
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